CIÊNCIA E TECNOLOGIA: PESQUISADORES DESENVOLVEM ANTENA PARA FACILITAR TELECOMUNICAÇÕES NOS RIOS DA AMAZÔNIA
Aparelho estabiliza automaticamente o sinal do satélite, sem a
necessidade de um técnico especializado no local
O
Amazonas possui uma área territorial de mais de 1 milhão e meio de metros
quadrados. Tendo este ‘porte’, sofre também com problemas que justificam o seu
tamanho. Um deles é a dificuldade de locomoção entre os seus 62 municípios que,
em sua maioria, só podem se interligar pelos rios, com viagens que chegam a
mais de sete dias. Durante este percurso, os navegantes ficam isolados e sem
uma das principais formas de entretenimento do mundo atual: a televisão.
Para
resolver isso, pesquisadores amazonenses desenvolvem um protótipo de uma antena
que capta, automaticamente, sinais de canais abertos e fechados podendo
beneficiar moradores de comunidades ribeirinhas, principalmente os que utilizam
as embarcações como meio de transporte. A novidade é que ela estabiliza
automaticamente o sinal do satélite, sem a necessidade de um técnico
especializado no local.
A
antena é desenvolvida desde outubro de 2016 por pesquisadores do Manaus
Instituto de Tecnologia (MIT). O coordenador de pesquisas do MIT, Marivan
Gomes, ressalta que o principal objetivo do projeto desenvolvido no Instituto é
o benefício social. “Como a Amazônia não é contemplada por cabo, devido a
dimensão da região, o grande diferencial deste projeto é que ele vai atender
principalmente os ribeirinhos que utilizam o barco em sua rotina diária para
transporte”, destacou Gomes.
Projeto
O
projeto também utiliza inteligência artificial, porque é apenas um
posicionamento via servomecanismo que procura sempre a melhor qualidade do
sinal. O desenvolvedor do projeto e acadêmico do Curso de Engenharia de
Controle e Automação, Nilton Ferreira, lembra que foi feito um estudo para
saber se possuíam a tecnologia necessária para o desenvolvimento do protótipo.
A viabilidade do projeto pode fazer a diferença na vida da população.
“Nesse
projeto nós utilizamos um setorizador para rastrear o transponder da antena.
Esse equipamento mostra se o satélite está conectado ou não. Após essa
confirmação, nós pegamos este sinal e colocamos diretamente num controlador,
onde é feito o controle pelos atuadores”, disse Ferreira. O estudante destaca
ainda a importância do desenvolvimento do protótipo ainda na Academia. “Eu
apliquei o que aprendi na sala de aula
nas
minhas atividades no MIT. Esse será o meu projeto de conclusão de curso”,
completou Nilton Ferreira.
Fonte/Foto: jornalismo@portalamazonia.com/Divulgação
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