ALUNO DO ENSINO MÉDIO NA REDE PÚBLICA DO ACRE PASSA EM 5 FACULDADES NOS EUA
Prestes a completar sua
segunda semana nos Estados Unidos, o jovem acriano André Lucas Buriti de Melo,
19, ainda não acredita que conquistou uma vaga e bolsa integral para estudar na
Universidade Yale, uma das mais prestigiadas instituições
norte-americanas. O estudante também foi
aprovado em mais quatro universidades dos EUA: Babson, Brown, Duke e
Georgetown.
"Parece um sonho
mesmo. Se me perguntassem há quatro anos eu não ia nem saber te explicar o que
era Yale ou qualquer outra universidade norte-americana", diz André, que
começou a tomar conhecimento do assunto quando entrou no ensino médio em 2009,
aos 14 anos.
Em 2012, ele foi aprovado
em direito na UFAC (Universidade Federal do Acre), mas não desistiu de estudar
fora do país.
Inscrição e aprovação
Ainda no ensino médio, ele
conheceu o trabalho de uma fundação que auxilia jovens brasileiros a estudar no
exterior, a Fundação Estudar. Com as orientações recebidas, o jovem decidiu
arriscar, mesmo já cursando ensino superior em Rio Branco. Das oito
instituições que tentou, passou em cinco. Escolheu Yale, em New Haven
(Connecticut), por considerar a mais adequada aos cursos que pretende: economia
e relações internacionais.
"Os processos de
seleção são meio parecidos. É preciso ter um bom desempenho escolar, enviar
cartas de recomendações, escrever artigos falando sobre você, o que te interessa
e como a educação que você vai receber pode te ajudar como pessoa. Coisas desse
tipo. É preciso fazer duas provas, uma de proficiência no inglês e uma de
conhecimentos gerais, o SAT [uma espécie de Enem norte-americano]",
explica o estudante, que aprendeu inglês sozinho.
"O que você faz fora
da sala de aula também conta muito. No fim, algumas ainda realizam entrevistas
com o diretor da universidade", acrescenta. Segundo o universitário, as
instituições estrangeiras não possuem um perfil padrão de alunos para aprovar.
O importante é que o estudante tenha paixão pelo que faz, na opinião dele.
"Não adianta você
pensar que ganhando cinco medalhas de ouro em olimpíadas internacionais vai
passar. As universidades querem pessoas com tipo diferentes de vida. Que gostem
de música, ciências, humanas. O legal é que ele mostre suas intenções sobre o
que quer fazer e como quer contribuir para a sociedade. Isso que conta",
opina.
Fonte/Foto:
Bruna Souza Cruz – educacao.uol.com.br/Arquivo
Pessoal
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